Cientistas descobrem identidade de “vampiro” de 200 anos

Vampiro

Em 1990, três garotos brincavam na cidade de Griswold, nos Estados Unidos, quando encontraram dois crânios humanos — que se revelaram pertencentes a membros da família Walton, que vivera ali no século 19.

Especialistas estudaram os restos mortais há três décadas, mas a tencologia da época não foi o suficiente para revelar os detalhes daquele enterro um tanto quanto particular.

Como relatou a revista Smithsonian em 2012, um dos caixões estava marcado com tachinhas que soletravam “JB 55”. Nele, encontrava-se um corpo cujo crânio havia sido cortado da espinha e colocado no peito, que havia sido aberto e posicionado juntamente com os fêmures para criar uma caveira sobre ossos cruzados.

Estudos revelaram que JB 55 já estava enterrado quando alguém o exumou e tentou remover seu coração. O procedimento era parte de um ritual já conhecido executado em “vampiros” para impedir que ele atacasse os humanos.

Fato é que, naquela época, quem tinha tuberculose era confundido por vampiro, pois as vítimas da doença definham, ficam com a pele cinza e olhos afundados.

Em casos mais avançados, sangue pode escorrer das bordas da bocas dessas pessoas, o que fortalecia o mito.

“Nós acreditamos que ele foi rearranjado no túmulo porque acreditava-se que ele estivesse morto-vivo”, disse ao The Washington Post Nicholas Bellantoni, arqueólogo responsável por estudar o caso.

Quando tinham suspeitas da existência de um vampiro na família, os parentes exumavam o cadáver e realizavam rituais impedir suas “atividades”.

Se o coração ainda estava presente no corpo e continha sangue, por exemplo, era um sinal de que o cadáver era um vampiro.

Nesse caso, os responsáveis incineravam o órgão e, dependendo da região, inalavam a fumaça para se protegerem contra outros vampiros.

O novo estudo usou o perfil de DNA cromossômico Y e previsões baseadadas em dados genealógicos para ligar o crânico a um agricultor chamado John Barber.

Como relataram os especialistas, a equipe analisou o obituário de 1826 de um garoto de 12 anos e concluíram que ele era Nicholas Barber, filho do “vampiro”. Além disso, o nível de artrite encontrado nos ossos de JB 55 sugerem que ele era agricultor ou trabalhador do campo.

[Revista Galileu]

[Realidade Simulada]