Como uma única espécie devastou o maior ecossistema de água doce do mundo

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Como uma única espécie devastou o maior ecossistema de água doce do mundo

Os Grandes Lagos da América do Norte são de longe o maior sistema de água doce conectado do mundo. Em pouco mais de 30 anos, sua biologia foi totalmente alterada com o estabelecimento de populações invasoras de mexilhões.

Um novo estudo mostra que os mexilhões quagga assumiram o controle do ciclo das reservas de fósforo do lago, um dos poucos elementos essenciais a quase toda a vida.

Os autores alertam que muitos lagos europeus podem estar caminhando para declínios semelhantes agora que os mexilhões estão se espalhando por lá, e oferecem algumas ideias de como controlar o invasor.

Os mexilhões concentram poluentes em seus tecidos, causando problemas para os poucos peixes (e humanos) que podem realmente comê-los em condições mais limpas.

Nos lagos inferiores, costuma haver mais de 10 mil mexilhões por metro quadrado, não deixando espaço no leito do lago para mais nada.

Eles consomem tanto fitoplâncton que, longe da costa, a produção de material vivo a partir da luz do sol caiu em até 70%. Em termos de biomassa, os mexilhões quagga são a forma de vida dominante nos Grandes Lagos.

Eles chegaram quando os ecossistemas dos lagos estavam se recuperando de enormes florações de algas causadas pelo excesso de escoamento de fósforo que esgotou o oxigênio dos lagos, matando outros habitantes.

Ao restringir a quantidade de fósforo que entrava nos lagos, todos os lados do Lago Erie estavam voltando à saúde quando els atacaram.

À medida que eles  se multiplicam, oscilações agressivas na disponibilidade perturbam o delicado ecossistema dos lagos, tornando difícil a sobrevivência, mesmo para as espécies que não competem diretamente com eles.

Os autores pensam que pode ser possível restaurar o Lago Ontário, eventualmente, reduzindo ainda mais a entrada de fósforo, mas algo diferente é necessário para o outro lagos.

Fonte:

IFLSCIENCE

[Biologia]