O poderoso telescópio espacial James Webb, da agência norte-americana NASA, está finalmente 100% montado. Seu lançamento só deve ocorrer em março de 2021, no entanto.
“A montagem do telescópio e seus instrumentos científicos, proteção solar e espaçonave em um observatório representa uma conquista incrível para toda a equipe.
Este marco simboliza os esforços de milhares de indivíduos dedicados por mais de 20 anos na NASA, na Agência Espacial Europeia, na Agência Espacial Canadense, na Northrop Grumman e no resto de nossos parceiros industriais e acadêmicos”, disse Bill Ochs, do Centro Espacial Goddard da NASA, em um comunicado.
“É um momento emocionante ver todas as partes do Webb finalmente unidas em um único observatório pela primeira vez”, disse Gregory Robinson, diretor do programa Webb na sede da NASA em Washington, no mesmo comunicado.
“A equipe de engenharia deu um grande passo à frente e em breve seremos capazes de ter novas e incríveis visões de nosso universo”.
Todo o projeto custou cerca de US$ 9,7 bilhões (cerca de R$ 40,2 bi, no câmbio atual).
Visões incríveis
A montagem de todo o complexo estava atrasada por quase sete anos, tendo sido iniciada em 2009. Depois de uma série de retrocessos e de um gasto quase o dobro do esperado, o James Webb está enfim totalmente pronto – embora os técnicos ainda precisem testar as conexões elétricas entre as peças.
O protetor solar dobrável do James Webb, que manterá os instrumentos do telescópio refrigerados, já estava conectado à espaçonave.
A obra final e mais recente – o elemento do telescópio – ocorreu nas instalações da Northrop Grumman em Redondo Beach, na Califórnia, a principal empresa contratada do projeto.
Sucessor do Hubble, o poderoso Webb é otimizado para ver o universo em luz infravermelha, o que irá permitir aos astrônomos decifrar algumas das maiores questões cósmicas quando estiver em funcionamento no Ponto de Lagrange 2, um ponto gravitacionalmente estável no espaço a cerca de 1,5 milhão de quilômetros da Terra.
Dentre as possíveis missões do Webb, os cientistas pretendem utilizá-lo para procurar planetas com vida alienígena e para estudar a formação das primeiras estrelas e galáxias do universo.