Nunca misture cocaína com fígado de baiacu! Entenda

Baiacu

U homem na Flórida, nos Estados Unidos, ingeriu uma inusitada combinação de cocaína e fígado de peixe baiacu e foi parar no hospital em estado grave.

O órgão do peixe contém alta concentração de um veneno mortal conhecido como tetrodotoxina, que causa paralisia. A substância é 1,2 mil vezes mais tóxica do que cianeto e a ingestão de menos de uma colher de chá do componente pode matar uma pessoa.

“Existem chefs no Japão que passam anos treinando para aperfeiçoar o preparo do baiacu e não matar os seus clientes”, contou ao site Live Science, o diretor médico do Oregon Poison Center , Zane Horowitz.

Quando chegou ao hospital, o homem estava fraco, vomitando, com dor estomacal, dores no peito, pernas dormentes e com dificuldade de falar.

A avó do indivíduo, que também comeu o fígado de baiacu, o acompanhou até à emergência, mas teve menos azar que o neto: a idosa tinha ingerido uma porção menor e apresentou menos sintomas — apenas se sentia tonta e com fraqueza nas pernas.

O homem tinha pressão alta, possivelmente devido ao consumo de cocaína e doença crônica nos rins.

Ele então foi medicado para que sua pressão sanguínea diminuísse e foi incubado para respirar caso a tetrodotoxina parasse a sua respiração.

Como dias antes ele havia ingerido alimentos enlatados, o paciente também recebeu remédios caso tivesse botulismo, mas não foi comprovado se realmente o homem manifestou a doença, que é causada pela ingestão de comida enlatada mal esterilizada.

Houve complicações e enquanto estava na UTI o homem adquiriu pneumonia e seus problemas nos rins se agravaram. Segundo um relatório médico, seus rins não se recuperaram e o paciente deverá realizar um tratamento permanente de hemodiálise.

Segundo Horowitz, o que afetou severamente os rins do homem não foi a tetrodotoxina ou o botulismo, mas a cocaína, que faz com que a pressão sanguínea aumentasse.

“Se você usa cocaína o tempo todo ou apenas uma vez e alcança uma alta pressão no sangue, você terá sérios efeitos nos seus rins”.

Fonte:

Revista Galileu