Pode existir vida nas nuvens de Júpiter, segundo nova pesquisa

Nuvens

As nuvens de Júpiter têm condições de água que permitiriam a existência de vida semelhante à da Terra, mas isso não é possível nas nuvens de Vênus, de acordo com a descoberta inovadora de uma nova pesquisa liderada por um cientista da Queen’s University em Belfast.

Por algumas décadas, as missões de exploração espacial buscaram evidências de vida fora da Terra, onde sabemos que grandes corpos d’água, como lagos ou oceanos, existem ou já existiram.

No entanto, a nova pesquisa mostra que não é a quantidade de água que importa para viabilizar a vida, mas a concentração efetiva das moléculas de água – conhecida como ‘atividade da água’.

O novo estudo também descobriu que uma pesquisa publicada por uma equipe independente de cientistas no ano passado, alegando que o gás fosfina na atmosfera de Vênus indica uma possível vida nas nuvens de ácido sulfúrico de Vênus, não é plausível.

Por meio desse projeto de pesquisa inovador, o Dr. John E. Hallsworth da Escola de Ciências Biológicas de Queen’s e sua equipe de colaboradores internacionais desenvolveram um método para determinar a atividade da água na atmosfera de um planeta.

Usando sua abordagem para estudar as nuvens de ácido sulfúrico de Vênus, os pesquisadores descobriram que a atividade da água estava mais de cem vezes abaixo do limite inferior em que a vida pode existir na Terra.

A pesquisa também mostra que as nuvens de Júpiter têm uma concentração de água alta o suficiente, bem como a temperatura correta, para a existência de vida lá. O estudo foi publicado na  Nature Astronomy.

O Dr. Hallsworth disse:

“Nossa pesquisa mostra que as nuvens de ácido sulfúrico em Vênus têm muito pouca água para a existência de vida ativa, com base no que sabemos sobre a vida na Terra.

Também descobrimos que as condições de água e temperatura dentro das nuvens de Júpiter podem permitir a subsistência de vida de tipo microbiano, supondo que outras necessidades, como nutrientes, estejam presentes.

A pesquisa foi financiada pelos Conselhos de Pesquisa do Reino Unido (RCUK), Conselho de Pesquisa em Biotecnologia e Ciências Biológicas (BBSRC) e Ministério da Ciência e Inovação.

Fonte:

Queen’s University Belfast

[Universo]