Sapo quebra seus ossos para fazer garras quando ameaçado

Sapo Wolverine

Sapo Wolverine quebra seus ossos para fazer garras quando ameaçado

Difícil alguém não saber quem é Wolverine, o grande herói dos X-Men, seu poder especial é projetar garras feitas de ossos entre os dedos, sem ter orifícios especiais as garras acabam rasgando a pele para poder sair e a dor faz parte do processo, esse personagem também tem poderes de regeneração e as feridas ficam curadas quase instantaneamente.

E não é que o “Wolverine da vida real” foi encontrado, mas não se trata de uma pessoa e sim de um sapo. O anfíbio rasga a própria pele para liberar suas garras.

Que muitos animais possuem garras não é novidade, mas rasgar a própria pele para liberar as garras com certeza não é algo comum na natureza.

O sapo Trichobatrachus robustus tem suas garras escondidas atrás de pequenos nódulos abaixo das pontas dos seus dedos e quando ele é atacado essa garra é lançada, rasgando o nódulo.

O Trichobatrachus robustus (sapo peludo, sapo-Wolverine) é uma espécie de anfíbios da família Arthroleptidae, pode ser encontrado na Nigéria, República Democrática do Congo, Camarões, Guiné Equatorial, Gabão e Angola. Sua alimentação é basicamente insetívora.

Segundo David Blackburn, do Museu de Zoologia Comparativa da Universidade de Harvard, as garras do T. robustus são encontradas em suas patas traseiras, dentro de uma massa de tecido conjuntivo (nódulo).

Sua garra

(Image: Blackburn)

Essa garra é unida a um pedaço de osso e a um músculo na pata do sapo, Blackburn e outros pesquisadores acreditam que, quando o animal é ameaçado, ele contrai esse músculo, empurrando a garra para fora da pele.

Especialistas em zoologia acreditam que usar essa arma deve ser algo bastante doloroso, pois o sapo tem que praticamente quebrar seus ossos e fazê-los perfurar sua pele.

Como a maior parte das pesquisas foram feitas com animais mortos, os pesquisadores não tem certeza, mas acreditam que essas garras podem se retrair quando não são mais necessárias, porém seria um processo lento já que não existe um músculo especifico para puxá-las de volta e como os anfíbios são animais que apresentam certo grau de regeneração celular, possivelmente o ferimento feita pela saída da garra deve se recuperar pois o tecido é regenerado.

Fonte:

Manual da Biologia

[Biologia]