Você se sente tonto ao se levantar? Pode ser um sinal de alerta para algo grave

tonto

Provavelmente, alguma vez você já se sentiu tonto ao sentar ou ficar de pé bruscamente — principalmente se isso aconteceu num dia de muito calor.

Episódios momentâneos de tontura são comuns e normais, mas há situações em que o sintoma pode ser um sinal de alerta para algo mais grave. Por isso, é importante procurar um médico, se a instabilidade se tornar frequente.

— Tonturas são a terceira queixa mais comum em consultórios e ambulatórios. Só perdem para dor e febre — diz o clínico geral Marco Aurélio Chame, da Clínica Médica do Hospital São Francisco na Providência de Deus.

De acordo com o especialista, tontura é um termo vago, que pode se referir a sensações de atordoamento, cabeça leve, instabilidade, queda iminente, flutuação e impossibilidade de andar em linha reta (desvio da marcha).

— A tontura é a sensação de alteração do equilíbrio corporal, sem caráter rotatório. Já a vertigem é um tipo de tontura, com a impressão de que o corpo ou os objetos ao redor estão girando — esclarece a neurologista Carla Jevoux, da Clínica da Dor de Cabeça do Rio de Janeiro.

O equilíbrio é mantido por três órgãos: olhos, labirinto (parte da orelha interna) e cerebelo (região do cérebro que permite a propiopercepção, ou seja, a percepção do organismo em relação ao espaço).

Alterações em qualquer um desses sistemas podem causar tonturas. Vertigens são características de doenças no labirinto.

Detalhamento dos sintomas ajuda o médico

De acordo com o otorrinolaringologista Pedro Luiz Mangabeira Albernaz, do Hospital Israelita Albert Einstein, sentar ou levantar rapidamente pode fazer com que o organismo demore a fazer ajustes na circulação sanguínea, necessários devido à gravidade. Com isso, o cérebro fica com vascularização insuficiente por alguns instantes.

— Algumas tonturas levam tempo para se repetir. Outras são socialmente incapacitantes e podem causar acidentes.

Prestar atenção aos sintomas e relatá-los para o médico é fundamental para o diagnóstico, o tratamento e a prevenção.

— Informações sobre o que desencadeia a tontura, se tem algo que a pare, frequência das crises e duração são essenciais — diz Chame.

Segundo Carla Jevoux, o primeiro procedimento para o diagnóstico é submeter o paciente a exame de sangue com pesquisa de hormônios, gordura e glicose.

A investigação da coluna cervical e de enxaquecas também é necessária. Para a oftalmologista Keila Carvalho, secretária-geral do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, crianças com tonturas não devem fazer exames neurológicos complexos, como ressonância magnética, sem antes consultar um oftalmologista.

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Fonte:

https://extra.globo.com/

Saiba mais:

http://www.iflscience.com/

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