Aqui estão 5 paradoxos fascinantes que vão explodir a sua mente

Paradoxos

Paradoxos podem ser encontrados em toda parte, da ecologia à geometria, da lógica à química. Até a máquina que você está usando para ler esta lista tem seus próprios paradoxos.

Aqui estão 5 explicações de alguns dos paradoxos menos conhecidos (ainda fascinantes) do mundo. Alguns conceitos são tão contra-intuitivos que simplesmente não conseguimos envolver nossa mente em torno deles.

 5. Paradoxo de Peto

As baleias são obviamente muito maiores do que nós. Isso significa que elas também têm muito mais células em seus corpos. Cada célula do corpo tem o potencial de se tornar cancerosa.

Portanto, as baleias têm uma chance maior de contrair câncer do que nós, certo? Errado. O paradoxo de Peto, nomeado em homenagem ao professor de Oxford Richard Peto, afirma que a correlação esperada entre o tamanho dos animais e a prevalência de câncer é inexistente.

Os seres humanos e as baleias beluga compartilham uma chance relativamente semelhante de contrair câncer, enquanto certas raças de pequenos camundongos têm uma chance muito maior.

Alguns biólogos acreditam que a falta de correlação no paradoxo de Peto vem de mecanismos supressores de tumores em animais maiores. Esses supressores trabalham para impedir a mutação celular durante a divisão.

4. Paradoxo do Valor C

Genes contêm todas as informações necessárias para a criação de um organismo. Então, seria lógico que os organismos complexos tivessem genomas mais complexos. Mas isso não é verdade.

Organismos unicelulares, como a ameba, têm um genoma até 100 vezes maior do que o dos seres humanos. Na realidade, eles têm algumas dos maiores genomas já observados. Além disso, espécies que são muito semelhantes entre si podem ter genomas radicalmente diferentes.

Esta “esquisitice”, digamos assim, é conhecida como o Paradoxo do Valor C.

Um dos pontos do Paradoxo do Valor C é que o genoma pode ser maior do que o necessário, de forma que nem todo DNA é usado para a criação de um organismo.

E isso é algo bom. Se todo o DNA dos seres humanos estivessem em uso, a quantidade de mutações por geração seria incrivelmente alta.

Esta quantidade de DNA não utilizado, que varia muito de espécie para espécie, explica a falta de correlação que cria o paradoxo.

3. O Problema das Espécies Presentes

Para algo existir fisicamente, ele deve estar presente por um período de tempo. Assim como em um objeto não pode faltar comprimento, largura ou profundidade, ele precisa de “duração” – um objeto “instantâneo”, que não dura por qualquer quantidade de tempo, simplesmente não existe.

De acordo com o niilismo universal, o passado e o futuro não ocupam nenhum momento dentro do presente. Além disso, é impossível quantificar a duração do que chamamos de “presente”.

Qualquer quantidade de tempo que você atribui ao presente pode ser temporariamente dividida em partes de passado, presente e futuro.

Se o presente é de um segundo, então esse segundo pode ser dividido em três partes. A primeira parte é, então, o passado, a segunda parte é o presente, e a terceira é o futuro.

E esse terceiro segundo, que agora é considerado o presente, pode ser ainda dividido em mais três partes. E assim sucessivamente.

Esta divisão pode ocorrer infinitamente. Portanto, o presente nunca pode existir verdadeiramente, uma vez que nunca ocupa uma duração de tempo. O niilismo universal usa esse argumento para afirmar que nada existe.

As pessoas têm dificuldades para resolver problemas que exigem raciocínio de alto nível. Por outro lado, funções motoras e sensoriais básicas, como caminhar, não são problema.

Nos computadores, no entanto, os papéis são invertidos. É muito fácil para computadores processar problemas lógicos, como planejar estratégias de xadrez, mas é preciso muito mais trabalho para programar um computador para caminhar ou interpretar com precisão a fala.

2. Paradoxo de Moravec

Essa diferença entre inteligência natural e artificial é conhecida como Paradoxo de Moravec. Hans Moravec, cientista do Instituto de Robótica da Universidade Carnegie Mellon, explica essa observação com a ideia de fazer engenharia reversa em nossos próprios cérebros.

A engenharia reversa é mais difícil para tarefas que os humanos executam inconscientemente, como funções motoras. Como o pensamento abstrato faz parte do comportamento humano há menos de 100.000 anos, nossa capacidade de resolver problemas abstratos é consciente.

Portanto, é muito mais fácil criar uma tecnologia que simula esse comportamento. Por outro lado, ações como falar e mudar não são aquelas que precisamos considerar ativamente; portanto, é mais difícil colocar essas funções em agentes de inteligência artificial.

1. Paradoxo do Enriquecimento

Modelos predador-presa são equações que descrevem ambientes ecológicos do mundo real, por exemplo, como as populações de raposas e coelhos mudam em uma grande floresta.

Vamos supor que a quantidade de alface aumente permanentemente em uma floresta. Assim, é de se esperar que haja um aumento na população de coelhos – que se alimentam de alface. Com uma oferta maior de alimento, a espécie tende a se reproduzir mais.
Mas, segundo o Paradoxo do Enriquecimento, esse pode não ser o caso. A população de coelhos aumentaria inicialmente.

Contudo, o aumento da densidade de coelhos em um ambiente fechado também conduziria o aumento da população de raposas – que se alimentam de coelhos.

Ao invés de encontrar um novo equilíbrio, os predadores podem crescer tanto em número que podem acabar com a presa e, assim, prejudicar sua própria espécie.

Na prática, os animais podem desenvolver meios para escapar do trágico destino do paradoxo, o que leva à populações estáveis. Por exemplo, as novas condições podem induzir ao desenvolvimento de novos mecanismos de defesa da presa.

Fonte:

LISTVERSE

[Paradoxo]